sábado, 25 de junho de 2011

Nem sei qual a cor da dor, diz a letra. Mas, felizmente, sei que amar é bem colorido.

domingo, 19 de junho de 2011

Você sabe

E depois de uma semana, eu li o teu cartão. Tudo repetido, tudo do já dito. Tudo lindo, tudo verdadeiro. Tudo meio nosso. A gente.

E quem diria que seria assim. Falei contigo há pouco e entendi cada trejeito da voz. Aprovação, desaprovação, felicidade, dúvida. Só pelo tom entendo. Quando perto, então, o olhar fica como tradutor.

E nesses dias de felicidades em doses homeopáticas, dá um alívio saber que essa estrutura foi construída, com base sólida e, nas paredes, cores fortes e muitas fotos para recordar. É, se algumas coisas foram feitas para acabar, definitivamente, isso não cabe na nossa história.

"Eu sonhei que estava exatamente aqui, olhando pra você
Olhando pra você exatamente aqui
'cê não sabe mais eu tava exatamente aqui, olhando pra você
[...]
Nada haver ficar assim sonhado separado
Se no fundo a gente quer o dia a dia lado a lado
Eu não vou deixar você com esse medo de se aproximar"


sábado, 18 de junho de 2011

Nascer e renascer. Sempre


“O mundo nasce quando dois se beijam”.

O mundo nasce quando um se espanta. Não há graça se não for assim.

O mundo nasce quando alguém percebe que perdeu tempo naquela história toda, e precisa renascer e encontrar um novo caminho.

O mundo nasce quando você encontra um sorriso pra se apaixonar, e tirar energias dele sempre que preciso.

[...]

É, o mundo nasce tanto. E a gente procurando incansavelmente a melhor forma de renascer nele.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

É muito fácil se perder nesses caminhos todos. Sempre, muito difícil se achar. Mas vamos nós na tentativa da sinceridade.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dos presentes

Restou um nome de bruma
no meu eterno cansaço.

Restou um tédio de cinza
no meu todo de silêncio.

Tanta tristeza no meu sono imenso.

Hilda Hilst

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um jeito inédito pra falar de amor

Minha memória está péssima em determinado aspecto – pena que não nos que deve. Bom, hoje, escutei uma frase sobre amor. Algo sobre amar demais, amar errado ou coisa que o valha. Na hora, veio à mente: independente do resultado, o amor existiu – e é delicioso pode amar, ter amado. Como sempre digo, não me importo em exibir o amor como um troféu, independente de ser o amor gordo, limpo, bonito e de sorrisos; ou o amor que machucou, passou, presenteou com lágrimas, abotoou o peito sem anestesia.

Alguns reclamam muito das minhas músicas, dos meus textos, do meu jeito de ser. A maioria não entende que a dor que a música ou o texto pode transmitir não é, necessariamente, minha dor. Também consigo separar o lirismo do triste, a poesia ali contida. Também consigo encontrar felicidade na tristeza. Emocionar-se é, de certa forma, uma alegria. E perder isso, definitivamente, não quero – prefiro me perder entre as letras, encontrar soluções a partir delas, e continuar me perdendo fora delas e partilhando com elas.

Agora mesmo, escuto Atrás da Porta, com Elis. A minha interpretação preferida da pimentinha. Triste? Não. Só sugando o que de bom a música pode me dar. Se trouxer tristeza, o que posso fazer? O que menos quero agora é esconder de mim sentimentos. Aprender com eles, talvez, seja mais sensato.

domingo, 12 de junho de 2011

Os meus perfeitos amores; o meu estranho querer

Apesar de tudo, tive um fim de semana de provas de amor, carinho. Nem sempre é bom pensar nas dores e nas descrenças. Vivamos. É importante acreditar que o caminho pode ser/continuar florido.

"Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer
Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor"

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Muito além do nosso eu


"Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim: eu o estaria lendo e de súbito, a uma frase lida,com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: "Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus".

***

Nunca li todo. Mas A Descoberta do Mundo, de Clarice Lispector, provavelmente, é o livro que mais saiu da minha prateleira e voltou à leitura. O que tem o maior número de páginas marcadas, sem dúvida. Vez e sempre me encontro por lá. Como nesta semana. Talvez já tenha, inclusive, utilizado o excerto acima. Sem problemas. Algumas situações cíclicas são favoráveis.

Essa história de escrever um livro, traçar um rumo para a própria história, sempre cola comigo. Na semana de aniversário, então... Antes, eu fazia todo um apurado do que foi, do que eu esperava para o pós. Aí tem o tempo, as emoções (boas e más), e a gente começa apenas a esperar o minuto posterior – e pedir apenas paz para caminhar lado a lado.

Amanhã é meu aniversário e minha empolgação maior é saber que um ciclo pode se encerrar – além da felicidade por contar com abraços sempre importantes no término desta jornada. Minha vontade não é de festa – o Personare, inclusive, ratifica meu momento de reclusão. Meu motivo não é de comemorar [...]. O que fica é a esperança que essa pequena mudança traga algo maior, principalmente olhando para dentro.

Nos amanhãs, eu espero relevar mais as ausências e as falhas alheias, esperar menos, principalmente de mim. Saber que a gente quer um tempo, mas o corpo e o coração têm os seus, e eles devem ser respeitados, vividos e enfrentados. Preciso evitar o desperdício, aprender a usar meu tempo e entender quer os projetos são para execução, e não apenas planejamento.

E, independente do amanhã ou do ontem, manter sempre o amor e o sonho vivos aqui.

terça-feira, 7 de junho de 2011

quero tatuar sorrisos. e abortar tristezas.
Respeito muito quem sabe sambar. E quem leva o sorriso sempre, mesmo nas horas inóspitas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Meditando sobre as flutuações da vida

by Personare

A roda da fortuna


Como diz a canção, Lucas, “tudo muda o tempo todo no mundo”. Não se deixe iludir pela aparente estabilidade das coisas, pois a natureza da vida é a impermanência, a temporalidade, todas as coisas passam, mudam, o que estava no alto cai e o que estava embaixo ascende. Neste momento, tenha sabedoria suficiente para não se deixar levar pelas flutuações da existência, não deixe que seu humor flutue e fique à mercê dos acontecimentos. Mantenha-se firme em seu centro, observando as coisas que acontecem com um maior distanciamento. Fazendo isso, você saberá aproveitar melhor as oportunidades que virão e saberá distanciar-se dos eventuais azares que lhe ameaçarão.

Conselho: Medite a respeito do fato das coisas serem passageiras na vida.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Todo se transforma

A música de Drexler diz assim, que uma série de ações gera um outro par, provavelmente em consonância. E é? É. Se a gente pensar que o suco de abacaxi é o par do fruto processado no liquidificador, tudo bem. Mas e a raiva? Se a gente triturar ela vira um par bom? E o amor, sempre se transforma mesmo em outro amor?

Nas últimas semanas, tenho passado por rompantes de lembranças permeadas por períodos de esquecimento. Ainda agora, quando te vi, tive uma sensação crua, de interrogação. Um quase nulo amor eterno. É, meus dias têm sido assim. Coisas de geminianos.

Agora mesmo, esqueci de tudo. O rompante de tristeza passa, fica a sensação de sossego. Texto incongruente. Shake de amor. Uó. Mais do mesmo.

"Não me escondo do medo de não me reerguer
Do silêncio de uma vida sem você
De tudo o que faltou ser"