domingo, 22 de agosto de 2010

Abrazos rotos


Levei um bom tempo para ver o último filme de Almodóvar. Passado o turbilhão de motivos para isso, e imerso em um possível trabalho da pós, finalmente assisti à película. Precisei digerir por um tempo a história para decidir pelo gostei. Faltavam cores, núcleos secundários de personagens, surrealismo. Mas, de fato, apresenta o novo caminho que o espanhol vem galgando desde Fale com Ela.

A paixão exacerbada, a trilha sonora dita brega e as frases de efeito continuam. Contudo, os personagens femininos, aqui, dão lugar a um macho alfa onipresente – até o lado gay da história é recalcado.

A narrativa versa sobre a paixão de um diretor por uma atriz de seu filme, e os desdobramentos [ciúme, tragédias] que isso provoca. O tom é mais clássico, o figurino é impecável e Penélope continua estonteante como sempre. Delicioso também ver a homenagem feita a Mulheres à beira de um ataque de nervos. No fim, achei que a película funciona como uma homenagem ao universo recriado do autor e ao amor exacerbado dele pelo cinema. Singelo e bonito, em resumo.

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