quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Outra vez

Revistas velhas, bilhetes antigos, recortes de jornais. Três bolsas abarrotadas de lembranças foram ao lixo. Nem eram lembranças das fortes, mas fiquei acabado no fim do dia – sempre difícil praticar o desapego.

O quarto continua cheio de pertences, sem espaço. Mas, agora, organizado. Algumas fotos do mural foram modificadas; algumas lembranças, impossíveis de serem jogadas, acabaram guardadas bem no fundo do baú. Mudanças pequenas, mas tudo bem no caminho que venho seguindo.

E ontem, depois de um turbilhão de felicidade, chego ao meu quarto e só consegui pensar em saudade. Melhor com, principalmente quando ela tem sabor de vida, e não de tristeza. Já já, quem sabe, ela não se transforma em algo como um bilhete antigo, amarelado, que a gente vê, recorda, guarda e coloca para dormir por mais um bom tempo.

"Me esqueci!
De tentar te esquecer
Resolvi!
Te querer, por querer"


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A arte de amar de novo

Noite, casa ainda na balbúrdia. Me pego deitado, som ligado, encarte do CD em mãos. Tanto tempo sem isso. É, de repente, descubro a arte de amar de novo. As letras tomam outras proporçoes. Saber que a música é do próprio artista ou de Bob Marley... Isso acaba fazendo diferença no ouvir. Leio as dedicatórias, onde foi gravado, vejo as fotos e desenhos. Entro em outro mundo, monto mais um mundo meu.

Daí, lembro da tatuagem: eu, nós, todos. Como se o resgate desse amar, de certa forma incentivado ou roubado de outro, só ratificasse o escrito no riscado corporal. Ah, sendo assim, acrescento outras tantas manias nessa lista: DVDs, sorrisos... Eus roubados de outrens. Mas eus.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

De tanto não parar a gente chegou lá

O que fazer quando não se cabe em si? De saudade, de vontade, de preguiça, de trabalho, de vida? Ando, ainda, tão bagunçado, tão desorganizado, que misturo tudo e só quando paro para ouvir uma música, para olhar a rua enquanto caminho, parece que algo se agrega e se organiza realmente. Encontro com mais de dois amigos está terminantemente proibido no momento. Reunião familiar só em caso de extrema necessidade. Brincando de ilha, de casulo, e abrindo poucas exceções para compartilhamento.

Por esses dias, comecei o processo de rabiscar mentalmente as promessas para 2012. Ao mesmo tempo, vou limpando as arestas, jogando fora os antigos bilhetes (de amor?), deletando contatos das redes sociais. Tirando gente do pensamento, tirando pseudo-amigos do convívio. Nisso, percebe-se como poucos fazem falta de verdade, como muitos são dispensáveis, como outros não precisam estar o tempo todo junto para ser, como faz bem perceber tudo isso.

Nos passos curtos para acabar 2011, mas já sabendo que será preciso correr em 2012 para compensar tantas decepções, tantas perdas, tantas crises e alguns choros compulsivos. 2012, ano do lilás e ano de correr atrás de outros objetivos. Meus objetivos. Se a gente não para, é bem capaz de chegar lá.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

" : casa comigo, em um domingo na praia, e viver uma história pra sonhar".