sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feito pra acabar











(Ler escutando Feita pra acabar, de Marcelo Jeneci)

Este não foi um ano para retrospectivas – e nem me atrevo a criar expectativas ainda.

Este foi o ano do conhecimento, mesmo que do erro. Do permite-se, até depois do sol raiar. Do zelo, mesmo quando parecia não existir.

Este foi um ano de amar quem estava longe. Sentir saudade de quem tem um sorriso simples e um coração sem fim – mesmo que o mundo teime em tirar isso dele. Ficar triste com quem deveria alegrar e saber do valor dos momentos.

Foi um ano de trabalho – e de muita diversão com ele e com tudo e todos que eles, os trabalhos, trouxeram.

Apesar de tudo, ainda foi um ano de acreditar nas pessoas. Pelas reclamações recebidas, pelas preocupações, por saber que alguns laços não devem acabar – mesmo após algumas mancadas homéricas. Por ter feito novos laços, ter garimpado novas coisas lindas, ter recebido mensagens e apertos que não têm fim.

Por outro lado, foi um ano para saber o significado do desrespeito, mesmo digerindo os atos depois de tempos – ou não tanto assim. Um ano para saber que o amor se transforma, inclusive, no não-amar. Que é preciso tempo para digerir ações, e mais tempo ainda para ir colhendo o fruto disso tudo.

Este foi o ano do reconhecimento, pela pupila, pelo abraço, pelas mãos unidas durante o sono. Um ano que deu muito sofrimento pelas perdas, e muitos sonhos pelas perdas que se tornavam vindas e perdas e vindas de novo.

Este não foi um ano das maiores alegrias – apesar de ter como presente outras lindas alegrias na minha vida. Foi um ano de viver, gastar a sola do All Star até o último minuto – e sujá-lo bem muito, sem medo de manchá-lo, desbotá-lo.

E em 2011? Confesso que não quero repetir isso tudo. Foi bom, mas cansa. Não quero fazer pedidos, não quero esperar a vinda de nada, de ninguém. Só quero paz. Muita paz. Viver com ela já será um grande presente.

E que 2011 venha, com essa junção de uns que tanto gosto.

E que sejamos felizes até que os olhos mudem de cor, até o amanhã no qual tudo pode acontecer, esperando as luzes que são feitas para acabar, e que dentro da gente, fatalmente, nunca terão fim.

...

Para esperar 2011, ou já ir vivendo: Felicidade, também de Jeneci.


Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz.
Sem tirar o ar, sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz.
Se chorar, chorar é vão porque os dias hão pra nunca mais.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem.

Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.

Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e dançar.
Dançar na chuva quando a chuva vem.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tudo, tudo

"E você, meu amor, meu tudo...". Ela não termina a frase. Chora. Queria agradecer ao companheiro de quase quatro décadas toda a dedicação, carinho, auxílio na construção do seu império. Não finalizou as palavras, mas demonstrou o que estava sentindo com um beijo.

Talvez um dia eu consiga um amor assim.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

#minha estante


Quer saber o que eu tenho na #minha estante? Vai lá no blog da Mari Leal e descobre!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Há o perigo de derramar lágrimas quando se deixa cativar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Autóctone


Ontem mesmo eu escrevi uma mensagem falando que o amor não precisa de proximidade física, de convivência diária, longa história. Há tempos que penso em escrever posts sobre pessoas. Para retribuir outros escritos, para retomar costumes de outrora. Fiz vários textos mentalmente, nada saiu para o papel – muita coisa tem se perdido aqui dentro, mas enfim.

Ontem, falei com Tiaguinho e bateu uma saudade danada. Da alegria, das piadas sem graça que fazem rir, das conversas despudoradas. Ele, sem dúvida, é um dos poucos que me deixa totalmente despreocupado em contar algumas histórias da vida. Quando vejo, já estou na parte dos detalhes sórdidos. E tudo flui, sem frescura nenhuma.

Em algum ontem da vida, a gente estava comprando refrigerante e chocolate para curtir um cineminha. Ou falando sobre as paqueras e aventuras – oi?. Em algum hoje, a gente relembra histórias e vez por outra se esbarra para novos capítulos. Só acho que a vida merece mais páginas, mais petit gateau no Castigliani, mais saídas – sem cobranças, mas com esperanças.

Tiaguinho vai ser sempre o máximo. E mesmo que fosse uma coisa terrível, jamais seria um amigo de se desperdiçar.