sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dá um medo que tudo acabe assim, num vácuo. E se a gente nunca mais cruzar os olhos? Será que eu descansaria tão facilmente, sem esse último brilho? Dá medo, medo mesmo dessas efemeridades da vida. Da eternidade sem o afago final. 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

"amorzinho. é só pra te dar um beijo bom. pra encostar em vc. pra colar meu rosto no seu, assim bem de levinho".

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Eu sempre tive medo de esquecer

"É hora de ir e deixar em mim o que precisa ficar. Como eu previa, as lembranças já não são frescas. É uma alegria e um alívio ter escrito. Distante da intensidade, por vezes acho pouco o que sei dele. Que sorte haver amigos e amor para me mostrar um tanto mais. Inevitável: você também fará isso. Nesse tempo todo de falta, procurei o costume como saída. Fiz da ausência um hábito, até que ela virasse paisagem. Mas de vez em quando entra um vento de dor por uma fresta insuspeita, atingindo minha pele com um frio de tristeza. Talvez eu sinta para sempre esses arrepios como quem tem uma doença crônica. Um reumatismo de amor que de vez em quando finca e maltrata. Depois passa. E volta – não há como virar uma página que insiste em crescer de novo diante dos meus olhos. Que insiste em se reescrever. Sei que você me é também, mas, como não me assisto de fora, não me reconheço. Talvez ele o fizesse. A esse paradoxo que me foi legado, dou o nome de sorte. É que ele não foi embora sem antes cuidar de renascer em mim". C.G.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Resta um

Consegui eliminar sete quilos, como planejado. Restam algumas gordurinhas localizadas na cintura. E no coração.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quase nada. Meio tudo

É tão bonito quando a gente consegue expressar tudo, mas tudo mesmo, em menos de meia dúzia de palavras. Ou melhor: é tão lindo quando a gente diz tudo com quase nada. Ou nenhuma palavra concreta. Talvez apenas um som e só. É como se a gente preparasse o momento e: ________________. Pronto. Estamos conectados. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Outro dia, achei um sorriso teu aqui. É como se a história estivesse dizendo: sorrisos não se apagam, apesar de perder um pouco da cor.
Eu rio. E transbordo.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Tudo passa

Daí que você começa a entender muito pouco. Tanto alarde, tanto drama e, no fim das contas, é um quase nada. No meio disso tudo, a gente nem percebe que há, bem do nosso lado, alguém tipo com um problema mesmo. Daqueles que são necessários resolver logo. E que merecem preocupação. A gente nem percebe. E, depois, sabendo de toda a história, que já teve desfecho feliz, dá vontade de chutar tudo, gritar e simplesmente parar. Ah, e claro, achar a pessoinha e dar aquele abraço. Sem dizer nada, sem perguntar, sem parecer que soube. Só um abraço. E um sorriso daqueles que ajudam a curar um pouquinho mais tudo o que passou. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Acontece

"Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho".

Adriana Falcão

domingo, 25 de novembro de 2012

Não lembro as fontes, mas li uma matéria com a seguinte máxima: quanto maior o grau de instrução do indivíduo, maior a dificuldade de ter relacionamentos. Na época, lembro de jogar a culpa dos meus desencontros amorosos a recém-finalizada pós-graduação. E vez ou outra essa ideia volta à cabeça. Creio, realmente, que há conexão. Gostar, eu sempre acabo gostando. Tanta gente já apareceu, principalmente nas horas incertas. Mas sempre há os poréns: distância, concordância, valores, vírgulas, desejos, imediatismos, idade. Lembranças. 

Hoje, preferia a ignorância. 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Uma avenida sem coração

Só agora percebi: nosso amor foi uma novela que, literalmente, acabou em frente a uma televisão.

domingo, 26 de agosto de 2012

Quando a decepção não causa dor, raiva, abuso. Só aquele vazio. Meio que um quase nada. E eu já deveria estar acostumado...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Verdades

"Ao menos com o passar do tempo descobri como separar a dor do resto todo, esse resto que inclui um amor que não saiu nem com ódio, esponja ou o definitivo do impossível. Quando vi que não ia sair, nem diminuir, aceitei. E entendi que a resignação não era assim tão dolorosa. Ao menos até agora".

Duas pessoas são muitas coisas, de Cristiane Lisbôa.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Li ontem que escrever é fracassar. Acho que cheguei a esse nível. Quando as palavras se voltam contra o autor.  São usadas para destratá-lo. Logo eu, que gosto tanto delas. Das palavras. Logo eu, que fico triste ao vê-las ferozes, sem razão, como agora. Às vezes é melhor esquecê-las. Não lê-las nunca mais. Ficar vazio. Assim. E não se machucar.

domingo, 5 de agosto de 2012

Daqueles dias de se perder o jeito. De não entender as artimanhas dos caminhos. De olhar ao redor e se perceber muito pouco - de se encaixar muito pouco em tudo. Daquelas vontades de hibernar e só voltar quando tudo começar a ter lógica, quando se criar um sentido real para tudo isso. Porque o tempo está passando rápido demais, e dá aquele medo de, lá pela frente, fazer a retrospectiva e não achar nem mais motivos para expectativas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Disritmia

Porque quando o coração batuca, o corpo também tem que dançar.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Alguma coisa diz

A primeira metade do ano vai se dissipando, numa velocidade que eu, definitivamente, não entendo. Penso, penso e palavras pipocam na mente. Mas, agora, é melhor ficar calado e resumir tudo numa música, que teima em fazer sentido nesse tempo todo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

É preciso, simplesmente, parar tudo: o relógio, as lembranças, a disritmia. O agito, as palavras, as respostas. Dizem que os ursos acordam bem melhor após o período da hibernação. Nos humanos, calma, pelo menos, pode ser possível. 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Disco 1


Enquanto o tempo teima em brincar comigo, vou vivendo cada capítulo como se fosse o último da temporada. Pode até parecer o final apoteótico, mas uma nova penca de episódios sempre está por vir. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Chamamento

Ele simplesmente resolveu usar um sinônimo. Mesmo significado, com uma letra a mais. Como se a mudança pudesse mudar um sentimento. Como se uma letra pudesse modificar toda uma história.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A sinfonia parou por alguns minutos. E a música continuou a ecoar dentro dela.
Quando as palavras somem, o melhor a fazer é esboçar um leve sorriso.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

"A saudade é de verdade. Porque arde. É pimenta. A toda hora nos lembra como a vida é sem graça. E vazia. A saudade é um choque de realidade. É a nossa extrema agonia. Saudade é bom que se diga. Não dá poesia. Não inventa. Nada cria. Depois da pessoa amada. A saudade é a nossa melhor companhia".
Marcelino Freire

segunda-feira, 28 de maio de 2012


"Vivo com minhas obviedades e, enquanto escrevo, constato mais uma: a vida continua apesar de tudo, não para! [...] Somos geradores e vítimas de nossa história". (L.L.)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

sábado, 19 de maio de 2012

Todo lo que podríamos haber sido tú y yo se no fuéramos tú y yo



A gente teria uma trilha sonora extensa. Com um pouco-muito de Elis Regina, pitadas de cantores latinos, um pouco de samba conceitual, rock, pop, brega e os ritmos folclóricos descobertos na ida ao Peru, à Croácia, ao Japão. CDs pela casa aos montes, eu sempre reclamando que eles estão fora das caixas, arranhados. Você, sempre rindo, abrindo uma garrafa de vinho e mandando eu “deixar disso”, seguido de um abraço e o convite para mais uma sessão de música, dançada ou não.

A gente teria casado mesmo. Provavelmente sem pompa. Mas também nada íntimo demais. Tantos e tantos amigos. Não teria como. A ideia seria fazer na praia, mas o urbanismo e a comodidade levariam a celebração para um espaço aberto, arborizado, no meio do agito da grande metrópole. Um amigo em comum faria às vezes de padre, pastor e juiz. Eu choraria e, anos depois, ainda estaria reclamando das fotos, ou com a cara inchada, ou com cara de bêbado ou meio gordo, apesar dos quilos perdidos na preparação.

A gente teria duas televisões em casa. Quase nunca elas estariam ligadas ao mesmo tempo. Quando a escolha fosse sua, e eu não tivesse interesse, ficaria eu num misto de aperreio e dengo, fazendo comentários sem nexo, me chegando em busca de um abraço, cochilando depois dos afagos. Provavelmente, voltaria a acompanhar novelas, enquanto cozinhava – sem lavar os pratos, claro. No fim de semana, a da sala seria bem usada, nas reuniões com os amigos, que sempre acabariam com alguém dormindo no quarto de hóspedes. 

A gente brigaria pouco, sempre sem gritos – antes do esperado, você entenderia que eu odeio discutir em alto e péssimo som. As opiniões, normalmente, seriam divergentes. Mesmo assim, nos dividíamos para passar metade das férias no meu destino dos sonhos. Na outra, no seu. Nós estaríamos bem unidos e felizes em ambos os momentos, como mostraria as fotos espalhadas pelo corredor da casa.

Eu me acostumaria com as suas rugas de expressão – já que as de velhice teimariam em se esconder. Você entenderia o meu uso diário de cremes, mesmo que eles não funcionassem e eu começasse a transparecer a idade. Seria um charme, até, na sua opinião.

A gente, mesmo depois de tanto tempo, dormiria abraçado. O beijo ao acordar seria quase que nossa religião. Os olhos falariam cada palavra de amor nesses momentos. A gente seria tanta, mas tanta coisa, se a gente não fosse a gente. 

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Último segundo


Pois é, fica o dito e redito por não dito. Como se o ponto final fosse sinônimo de um vácuo. A seco. 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Olha só

Não, não me parece de propósito. Lembro bem, desde a primeira vez, da expressão peculiar. Um sorriso meio meigo, meio bobo. Na falta de palavras, a boca se abre em um sorriso maior ainda, que já vai beirando um ar bobalhão, com um barulhinho mais bobo ainda. Mas de bobo, ali, não há nada - apesar da falha bem visível.

Engraçada essa intimidade com falta de, que provoca um vácuo nesses primeiros minutos de contemplação. Engraçado essa quebra de tempo. Engraçado o nome já próprio. Engraçado tudo parecer tão etéreo – e, quando menos se espera, tão sólido, vivaz, pro momento valer. Mas será que é próprio daquele futuro pré-combinado? Vejamos. Com os velhos, e nada combinados, sorrisos bobos e tudo.

sábado, 14 de abril de 2012

É complicado achar que tudo poderia ser refeito. Ter mais tempo para eternizar seus sorrisos, para perceber o quanto é bom acariciar os seus cabelos? Não, não tem volta. E lá se vão três anos de perda e saudades. Ainda bem que sobrou muito de você aqui.

sexta-feira, 30 de março de 2012

segunda-feira, 26 de março de 2012

Aquilo que meu olhar guardou pra você

- Adaptação livre.

É, vai, pode ir embora. Agora, aproveita e leva os cigarros, o cinzeiro, as cinzas e os vários isqueiros velhos que ficaram espalhados pela casa. Ah, não se esquece de tirar o carregador da tomada perto da nossa cama, já que tu não vives sem esse teu celular. Nesse mesmo cômodo, pega aquele desodorante que eu não gosto muito do cheiro, o shampoo de caspa e aquela minha bermuda que você adorava usar para dormir. Ela, realmente, veste bem melhor em tu.

Tira da geladeira os sucos feitos com soja, as cervejas importadas, o vinho barato. Leva os livros de filosofia, as coleções de DVD, os jornais e revistas velhos. Fica atento para levar o teu cheiro, tuas lembranças que ficaram espalhadas em mim. Tira aquele arranhão que deixei da última vez. Não, não o deixe, apenas o jogue no lixo.

É, pode levar tudo que for teu. Só peço que me deixe, por inteiro, aqui.

"Quero que você viva sem mim
Eu vou conseguir também"


terça-feira, 13 de março de 2012

Repetindo, repetindo, repetindo, como num disco riscado, entalado na vitrola velha, sem uso, mas ainda lá.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Girando


Dias de silêncios insuportáveis. Dias de palavras viscerais. Que passam pela mente sem censura, que chegam à boca polidas, quase sem sentido. O coração diz, a mente completa verborragicamente, os lábios tolhem. Por isso, entre batuques, silêncios, agonias e pensamentos, fico com as palavras de outros. Marcelino Freire:

"Não dá para explicar. Nem para resumir. O tanto de mal-entendidos que percorre a vida do coitado do velho – refém da sorte e a caminho da morte. Os ruídos na comunicação, os diálogos que não dialogam. A falência múltipla de órgãos. Sistemas e pilhas. Ecos de um mundo assim, digamos, cada vez mais doente. E individualista. Quem escuta quem hoje em dia?".

... toda essa vontade de morrer de amor

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ela vai casar

"Me vi na sua mão"

Sem dúvida, uma das frustrações do carnaval foi não ter cantado “a música” para você, juntamente com o intérprete original. Mas como acordamos, foi melhor: ambos cansados, abusados às 2h, com vontade de banho e cama. Melhor assim. Sem dúvida (me achando), nada paga minhas performances adaptadas ao raiar deste novo ano ou em qualquer outro momento que me deu na telha de jactar esse carinho que transborda aqui por você.

Seu casamento não será domingo, nem na praia, apesar de ser no sol. Não será no mar, o navio a navegar, na verdade, será um avião rumando para o Velho Mundo – e todos ansiosos pela tal “foto” na torre Eiffel. Seu casamento, sem dúvida, não será nada tradicional, não faltarão gritos, amostramentos. Vai ser deveras pra sonhar. E eu, que só serei um mero coadjuvante, estou ansioso, contando os dias (exatos dois meses) para viver essa felicidade, partilhar dessa felicidade.

Camila Sátiro, Camilinha, Mila, Meu Amor. Por esses dias, senti a necessidade de escrever essas besteirinhas, registrar o muito de carinho que cá habita por você. Expor a alegria de ser membro de uma família linda, que nasceu do nada e, hoje, ao menos para mim, tem todo um significado. A nossa grande família e a nossa família que está por vir – vizinha, vizinha!

Ô, se eu chorar no grande dia, ou alguns dias antes, não liga. Vai ser como no ano novo, quando eu chorei no nosso abraço: choro de felicidade. Porque não é todo dia que a gente vê um amor de verdade ser selado – o nosso e o dos namorados. Não é todo dia que a gente recebe o passe livre para fazer parte desse amor. Não é todo dia que a gente tem várias mãos para caminhar, pra sonhar.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Polos, papilas, pupílas. Sangue, espesso, sangrando. Eu sempre fui assim.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O que falta – ou o que sobra


Depois do choro, fica o pensamento: é pelo vazio? Que vazio? Se fosse assim, nada existiria, muito menos o choro. Também não se está completo. Talvez falte um pingo, falte a presença. Falta você.

Ficou aquele cheiro que não é de perfume, não é de desodorante. É de pele, é sentido quando se está juntinho, talvez tendo seu auge durante o despertar.

Ficou a trilha sonora. E até hoje não entendo o motivo d’ela ter como single principal o que foi. Ao menos sei que a compilação teve seu material extra transbordado apenas em um dos lados, não sei se o A ou o B.

Ficaram as manias, as expressões, os cacoetes – no fim, como um filho, que não é de nenhum especificamente, é dos dois por direito – ou de quem não consegue se desvencilhar disso.

Ficou a vontade, o sorriso, o olhar, o abraço, a pele, o silêncio, o tom de voz (o nosso), o sono por vezes perturbado, o céu, os lugares. Ficaram as datas, as lembranças. E o vazio, que, quando percebido, é transbordante.

Sobrou muito da gente em um só. Mesmo sabendo que o a gente foi tão efêmero, que não existe mais. Contudo, isso não sai. Com bucha, com sabão, com álcool – nem com faca. Ficou tudo. Às vezes, só falta você.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Conto

O amor me pegou, não largou e até hoje eu sou prisioneiro.

Fim

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Menos sete na estante


(em homenagem ao Menos um na estante)

Ano novo é sempre assim: uma lista de objetivos, de pode, não pode... Eu entrei nessa, mais uma vez. Pelo menos no ponto leitura, no primeiro mês, eu mais do que cumpri a meta. Amo comprar livros, amo estar em livrarias. Nos últimos tempos, contudo, a parte principal, ler, estava comprometida – sem concentração, sem tempo, sem saco. Vida nova e cá estou vencendo barreiras (tom dramático).

Não instituí um número fixo de livros para ler mensalmente. A única coisa que tentei determinar foi a descoberta de um clássico da literatura por mês. Neste, fui de Fim de Partida, do dramaturgo irlandês Samuel Beckett. Já tinha lido, na verdade. Mas depois de escolhê-lo como presente para alguns (será que leram?), resolvi também agregar a minha coleção. Com um exemplar novo, nada mais justo do que mais um encontro com aquelas palavras – uma redescoberta.

Além desse, consegui finalizar outros seis livros. Exatamente, sete publicações lidas em janeiro. Antes de dormir, no caminho para o trabalho, nas noites de sábado sem farra... Não era exatamente uma obrigação, mas a busca, a vontade de retomar esse tipo de desejo. Consegui.

Entre as leituras, texto teatral, quadrinho/mangá, biografia, romance, crônicas gastronômicas... Diversidade, como pede a vida de um geminiano! Ah, ainda vale salientar que acabei de ler outros dois nesse período: Daytripper e Amar é Crime.

Para fevereiro, pretendo ter como clássico Grande Sertão – Veredas. Vejamos se consigo – livros cheios de páginas sempre me assustam. E esperemos que eu diminua a quantidade de livros não lidos na estante – de forma proporcional aos novos achados, claro!

sábado, 28 de janeiro de 2012

E umas palavrinhas ficam martelando na cabeça: não aceito, não admito.
Mas já passou o tempo que alguém podia aceitar ou admitir o que fosse.

Eu agora que tenho que me aceitar. E saber o que é admissível.

Vida, vida.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"Como acabar com a saudade em dez passos".

Eu compraria esse livro. Escrever, impossível.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cinco letras e um monte de sentimento


Oi, meu nome é Lucas Lima, tenho 26 anos, sou jornalista formado há quatro anos e sou feliz. É, isso mesmo, feliz. F + E + L +I + Z = feliz.

Tenho mania de auto-análise e pensei muito no último final de semana sobre minha vida. Pensei muito na dita necessidade de querer o belo, o difícil, o rebuscado. Tudo tão contrastante com meus últimos momentos de felicidade plena, contemplando folhas secas, a brisa, as ondas, o sol, o quase nada – que representava quase tudo.

Às vezes, brinco dessa história que sou rico, que sou lindo, que sou tudo. Sou nada! Eu sou Lucas ou Luquinhas. Ou o eterno Lulu da minha eterna velha. Um menino que gosta de se comunicar com os olhos. Que fica em êxtase só em passar alguns momentos com a sobrinha amada. Que, apesar de toda fuleragem e dos mil compromissos, faz de tudo para estar perto dos queridos, para se aproveitar do que eles têm de bom, para ajudá-los.

Eu sou só um menino que precisa vestir a carapaça de adulto para matar alguns leões e dragões por dia. Um menino também que veste a áurea de bon vivant para aproveitar um pouco dos prazeres da vida. Um menino que é um menino e não quer perder isso nunca.

Sou o que sou e estou muito bem, obrigado, como está. Sem dramas, sem noias, sendo. Ficando perto de quem só me faz bem. Fazendo o que quero – às vezes na expansividade, às vezes brincando de casulo (geminiano, geminiano). Amando, com se não houvesse amanhã.

Pronto: Lucas Lima, prazer, um menino feliz.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Gigante

O coração quer sair pela boca? Não se preocupe. Ele nunca sai - e taí o grande problema.

"Esas cosas simples que quedan
doliendo en el corazón".

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Posso até me acostumar

A gente se acostuma a chegar atrasado ao trabalho, à comida sem sal da assistente que trabalha há mais de dez anos na nossa casa, ao calor infernal dos verões recifenses. Ao eterno falar alto da mãe.

A gente nem liga mais quando os garçons parecem estar fazendo favor, quando o celular demora 15 minutos para conseguir fazer uma ligação, quando o servidor público vai embora para casa após o almoço da sexta.

A gente se acostuma com tanta coisa. Eu também consigo me adaptar, acredito, facilmente. Mas e quando o assunto é saudade, tem como se acostumar?

"Dava pra sentir você passando devagar
Pareceria tarde
Mas você foi me chamar"


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A gen-

A gente não fez planos. Nem chegamos a pensar no sofá: branco, marrom, vermelho? A gente não viu, verdadeiramente, um nascer do sol. A viagem dos sonhos ficou engavetada, o clube do livro também. A gente não teve música, filho, briga, conta conjunta. A gente não teve a gente.

E no meu novo decreto, é proibido fazer mal, deixar mal quem eu amo. Lágrimas, se existir, só de alegria.

Lucas Lima