segunda-feira, 5 de março de 2012

Girando


Dias de silêncios insuportáveis. Dias de palavras viscerais. Que passam pela mente sem censura, que chegam à boca polidas, quase sem sentido. O coração diz, a mente completa verborragicamente, os lábios tolhem. Por isso, entre batuques, silêncios, agonias e pensamentos, fico com as palavras de outros. Marcelino Freire:

"Não dá para explicar. Nem para resumir. O tanto de mal-entendidos que percorre a vida do coitado do velho – refém da sorte e a caminho da morte. Os ruídos na comunicação, os diálogos que não dialogam. A falência múltipla de órgãos. Sistemas e pilhas. Ecos de um mundo assim, digamos, cada vez mais doente. E individualista. Quem escuta quem hoje em dia?".

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