terça-feira, 13 de dezembro de 2011

De tanto não parar a gente chegou lá

O que fazer quando não se cabe em si? De saudade, de vontade, de preguiça, de trabalho, de vida? Ando, ainda, tão bagunçado, tão desorganizado, que misturo tudo e só quando paro para ouvir uma música, para olhar a rua enquanto caminho, parece que algo se agrega e se organiza realmente. Encontro com mais de dois amigos está terminantemente proibido no momento. Reunião familiar só em caso de extrema necessidade. Brincando de ilha, de casulo, e abrindo poucas exceções para compartilhamento.

Por esses dias, comecei o processo de rabiscar mentalmente as promessas para 2012. Ao mesmo tempo, vou limpando as arestas, jogando fora os antigos bilhetes (de amor?), deletando contatos das redes sociais. Tirando gente do pensamento, tirando pseudo-amigos do convívio. Nisso, percebe-se como poucos fazem falta de verdade, como muitos são dispensáveis, como outros não precisam estar o tempo todo junto para ser, como faz bem perceber tudo isso.

Nos passos curtos para acabar 2011, mas já sabendo que será preciso correr em 2012 para compensar tantas decepções, tantas perdas, tantas crises e alguns choros compulsivos. 2012, ano do lilás e ano de correr atrás de outros objetivos. Meus objetivos. Se a gente não para, é bem capaz de chegar lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário