segunda-feira, 18 de julho de 2011

O segundo posterior

Às vezes a impressão é que o dia vai ser longo. Não é uma percepção que aparece com o tempo, mas que surge logo ao abrir dos olhos. Sorrir parece um desperdício. As poucas palavras parecem a solução. Ficar sozinho, a saída.

Mas o dia vai passando. Alguns sorrisos brotam, um e outro trazem um pouco de brilho para aguentar os segundos que faltam. O pensamento recorrente se dispersa. Talvez, as soluções, tão simples, brotem. Ainda fico com as poucas palavras, talvez culpa do horóscopo de hoje, que as coloca em um campo minado, como a dizer que o corpo consegue falar mais, que o tempo pode pretender muito além desse momento – pra melhor ou para pior, e é lindo esperar algumas surpresas.

Daí, você percebe que o dia nem acabou ainda. Que dá tempo de aproveitar os segundos que restam. Com ou sem sorrisos, com ou sem palavras. Mas com a cabeça mais centrada. E o celular ligado e carregado para qualquer eventualidade.


“Ando tanto tempo a perguntar
Porque esperar tanto assim de alguém
Percorrendo espaços no mesmo lugar
Não sei há quanto tempo estou a te buscar
Num segundo eu vou
Sabendo e percebendo o seu sabor
Sem ter medo estou
Correndo contra o vento sem nenhum rancor
Ando tanto tempo a perguntar
Porque esperar tanto assim de alguém
Sem saber
Sem qualquer medo de ver”

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