domingo, 30 de janeiro de 2011


Repetindo:

"Mas, é incrível: quando a gente perde alguém, não falta um pedaço. Esse alguém passa a fazer parte da gente". C.G.

Desde [antes de] ontem essa frase martela aqui. O que se perde, o que se ganha, qual o pedaço que fica no caminho da estrada que se divide?

Apesar da tatuagem, que tanto gosto, sonho, agora, por menos aglutinação. Porque o pedaço que passa a fazer parte quer, a todo momento, a todo custo, mostrar que está ali, figurando. Quer mostrar que é seu, apesar de sê-lo apenas metaforicamente. E sobra o latejar das pontadas.

É, neste caminho, intitulado talvez como o da volta, será necessário reaprender a ser o “eu, nós, todos”, destacando aquilo que a primeira pessoa consegue ser. Vai doer [está doendo], mas é preciso encurtar distâncias, é preciso achar a essência que ainda não se perdeu.

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E do Personare:

O CEIFADOR

A IMPORTÂNCIA DE DEIXAR IR

Cultivar o desapego é um dos conselhos fundamentais dado pelo arcano chamado “O Ceifador”, Lucas. Existem momentos da vida em que somos desafiados a perder cascas, a compreender a importância de caminhar, deixando paisagens para trás. Ainda que isso doa, uma vez que nosso ego se estrutura a partir de apegos e identificações, é a compreensão meditativa de que tudo passa que lhe permitirá seguir caminhando e, enfim, abrir-se ao novo que belamente se introduz em sua vida, pouco a pouco, passo a passo, até que você apareça com a alma totalmente renovada. Procure se interiorizar neste momento, evitando grandes atividades sociais. Faça este contato com o núcleo da sua alma e você entenderá quais são as coisas que precisam ser deixadas para trás.

Conselho: Viver é perder cascas continuamente!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Mas, é incrível: quando a gente perde alguém, não falta um pedaço. Esse alguém passa a fazer parte da gente". C.G.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Só eu sei teu nome mais secreto


Sou cíclico, mas não admito certas repetições. Apelidos carinhosos, por exemplo. Jamais deixarei alguém tentar, mesmo que sem saber, inicialmente, usar alguma alcunha que foi de outrem. A palavrinha que soava brega, por exemplo. Dava uma certa vergonha, proferida em público, mas tinha sua fofura, e só fazia sentido naquele momento, com aquela pessoa.

Uma outra, sempre no diminutivo, então, é ainda mais complicada. Letras unidas em uma palavra mais do que genérica, que, mesmo parecendo decrescida visualmente, representava bem, acho, aquilo que a relação queria ser, e pedia.

É. Eu vou, volto, desenlaço, volto a fazer o nó, viro o jogo, reencontro algumas cartas do baralho, mas repetir os apelidos, ah, isso eu não faço.

"Só eu sei teu nome mais secreto
Só eu penetro em tua noite escura
Cavo e extraio estrelas nuas
De tuas constelações cruas"

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dias intranquilos

Daí você começa a sentir um cansaço extremo. Um sono que não tem fim. Uma falta de vontade sem tamanho. Tanta coisa para fazer, tanta decepção, de tantos. Sem falar neste estado de indiferença que não comporta o que eu sabia ser.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mais tempo de delicadeza

“Aprendemos, então, que se ama diferente em cada idade. E a perícia maior na arte de amar é descobrir as sutilezas do amor que em cada idade o amor nos doa”.

Affonso Romano de Sant’Anna, O que aprendemos até agora, em Tempo de delicadeza.

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E uma foto.