terça-feira, 2 de novembro de 2010

Agora é assim

Sempre optei pela simpatia. Não é falsidade, é tentativa de manter um clima saudável, ser aceito. Tenho meu jeito fechado. Ou bipolar, como escutei esta semana. Não faço cara de grandes amigos quando conheço, mas, principalmente de uns tempos para cá, tento não estar tão distante.

Perdi um pouco do medo do novo. Sobrevivo bem entre estranhos, mesmo com o silêncio. Venho fazendo o esforço pessoal de buscar a sociabilidade. Necessário para quem trabalha diariamente com o intuito de arrancar informações, novidades das pessoas. Foi uma tarefa árdua essa mudança de parâmetros. E uma tarefa mais do que necessária para as modificações que aqui borbulham.

Nesse viés, também busco exorcizar a mera simpatia para os que já mostraram não merecê-la. Sabe aquele lampejo de “só vou gostar de quem gosta de mim”? É mais ou menos isso. Ou vou continuar a gostar, mas mantendo a distância necessária para não me machucar. Porque já deu de levar tanta tapa na cara.

“...este meu breve texto seria apenas a confissão de uma emoção, a impressão de quem não sabe senão do gosto de converter a vida numa infinita escuta”. Mia Couto

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