quarta-feira, 18 de maio de 2011

Seguir o ar

Eu sou do tipo que passa muito tempo maturando informações. Sou capaz de lembrar frases de e-mails escritos/recebidos há metade de uma década. Às vezes, o fato não faz mais nem sentido, não há mais ligação nenhuma entre os interlocutores, mas fico pensando e criando situações para “resolver” a questão.

Uso muito o “se”. Sou paciente, apesar de taxado como instável – acho que é uma questão de saber envolver. Hoje, perco a paciência fácil. O mesmo acontece para pegar abuso de pessoas. Aprendi a mostrar mais minhas emoções ruins: ser chato, dar fora, não engolir certos desaforos.

Escuto, há algum tempo, um conselho, e teimo em me fazer de rogado. Semana passada, escutei novamente, de quem nem conhecia. Chegada a hora de deixar de ser? É. Hora de deixar a estrada escolher seus outros rumos – mesmo sentindo que alguns esforços continuam sendo como se estivesse em uma batalha entre dois mundos.

Oficialmente, eu já estaria no meu inferno astral. Acho que já o tive tanto este ano. Agora, mesclo minha bipolaridade, mas, especificamente há uma semana, teimo em sorrir, apesar dos problemas, dos entraves, dos desenlaces. Hora de sorrir? Sim, verdade. Fácil? Não mesmo. Mas preciso abrir as portas para os bons ventos entrarem. E fechar as janelas para evitar que a poeira volte a inebriar.


“E hoje que eu sou mesmo da virada
E que eu não tenho nada, nada
Que por Deus fui esquecida
Irei cada vez mais me esmolambado
Seguirei sempre cantando
Na Batucada da vida”

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